Tive de elaborar uma entrevista com o comediante, amigo e figura da Rede Globo Gustavo Mendes para o laboratório de impresso para a Faculdade de Comunicação da UFJF, onde curso o 7º período. Gustavo nasceu em Guarani-MG,
tem 23 anos (30/01/1989) e hoje faz parte do time do “Casseta e Planeta”.
Gustavo Mendes - fenômeno do humor
da Zona da Mata para o mundo
Gustavo, quando você começou a atuar no teatro?
GM – Comecei com 10
anos de idade no Teatro Tradição Câmara de Guarani, com a direção
de César Ornelas. Eu achava muito bacana os espetáculos
apresentados por eles.
Quais são suas
primeiras experiências no palco?
GM - Foi num prólogo
de Molier chamado Esganarello. César adaptou a uma comédia e chamou
de “Corno apaixonado” (risos). César era um cara incrível, pena
que morreu em 2007. Também fiz uma dupla sertaneja com meu irmão
caçula, sem muito sucesso. Eramos João Antônio e Gustavo, o
orgulho do senhor Antônio e de dona Terezinha (papai e mamãe).
Por que escolheu
a comédia para trabalho profissional?
GM – Na verdade já
fiz comédia e infantil. Nunca fiz drama e tenho uma certa tristeza
por isso. Mas todo mundo só me chama para comédia (risos). Eu
queria mesmo ser apresentador de TV, tipo auditório, sou fã do
Silvio Santos e disseram que se eu fizesse comédia entraria na TV
com facilidade. Mas sempre fui de contar piadas, ser engraçadinho
mesmo e logo percebi que era meu estilo.
Você veio para Juiz de Fora para fazer teatro?
GM – Não! Vim para
JF aos 16 anos de idade para estudar Ensino Médio e fazer um curso
técnico de laticínio na Cândido Tostes. Minha família tem muita
gente nessa área. Estudava 12 horas por dia e estava triste porque
percebia que não era aquilo que queria. Eu ficava fazendo graça no
curso e até os professores falavam que tinha que ser comediante. Eu
ganhei o prêmio da TV Alterosa de humor, fiquei tão entusiasmado
que escrevi uma comédia chamada “Família unida se lasca unida”,
foi sucesso, rodamos a região e aí não parei mais.
"Eu quase trabalhei na área de laticínios..."
No início da
carreira, quais as pessoas que ajudaram?
GM – Gostaria de
falar de dois caras em especial. Natálio Luz que foi meu diretor e
incentivou muito e Bruno Braune do Empório Artesanal. Este deu a
oportunidade de mostrar meu talento no stand’up todas as sextas e
sábados em seu bar no ano de 2007.
Como você tá encarando este novo projeto, agora na rede globo?
Como você tá encarando este novo projeto, agora na rede globo?
GM – Cara! Nem os
meus mais profundos sonhos imaginava que estaria lá aos 23 anos de
idade. Quando dizia para minha mãe que queria ser artista ela me
disse uma frase: “Gustavo, a carreira de artista é para cada um em
um milhão”. E quando cheguei na emissora, o pessoal do Casseta
falou a mesma frase, foi um choque e lembrei o que sempre disse a
minha mãe: “Mãe, eu serei esse um.”
Você trabalhou com o Tom Cavalcante na Record e agora trabalha com a turma do Casseta e Planeta na Rede Globo. Quais as diferenças entre os comediantes e a liberdade de trabalho nas emissoras?
Você trabalhou com o Tom Cavalcante na Record e agora trabalha com a turma do Casseta e Planeta na Rede Globo. Quais as diferenças entre os comediantes e a liberdade de trabalho nas emissoras?
GM – Todos os
comediantes são maravilhosos, cada um no seu estilo. Na Globo faço
parte do time, dou ideia e tenho um quadro. Na Record sentia que
estava no banco de reservas, aparecia pouco e não tinha poder de
criação. Agora sou um “Casseta”.
Você trabalhou por
muitos anos em Juiz de Fora. Como você enxerga a receptividade do
nosso público com o humor?
GM – Cruel. Não aceita qualquer coisa, é exigente mas sincero. A platéia juizforana não enche teatro porque o ator é da novela ou etc. É por gosto. Quando gosta é verdadeiro. No meu caso, nunca tive problemas. Vim de Guarani e sempre deixei isso claro no meu trabalho que é feito com respeito e responsabilidade. Meu público em JF é fiel e muito carinhoso.
GM – Cruel. Não aceita qualquer coisa, é exigente mas sincero. A platéia juizforana não enche teatro porque o ator é da novela ou etc. É por gosto. Quando gosta é verdadeiro. No meu caso, nunca tive problemas. Vim de Guarani e sempre deixei isso claro no meu trabalho que é feito com respeito e responsabilidade. Meu público em JF é fiel e muito carinhoso.
Em quem você se
espelhou?
GM – Tom Cavalcanti,
Ronald Golias, Pedro Bismark, Chico Anysio, José Vasconcelos e o
humor rápido dos Cassetas. Falo que colocaram um pouquinho de cada e
bateram no liquidificador, sou uma vitamina dessa receita (risos).
Tem alguém que
gostaria de trabalhar?
GM – Ronald Golias,
Chico Anysio (infelizmente não dá mais) e tenho esperanças com o Silvio Santos.
Dilmais, personagem no "Casseta e Planeta"
A “Dilmais”
é sua principal personagem? Como foi o contato com o Kibeloco?
Alguém indicou ou você enviou material para eles?
GM - Sim, sem dúvida!
O Antônio Tabet do Kibeloco ligou pra mim e propôs uma parceria. Já
estava trabalhando com o Tom e tive a oportunidade de apresentar
minha criação, mas as pessoas passaram a conhecer a Dilmais e não
o Gustavo. Foi quando pintou a oportunidade de fazer parte do blog de
humor Brasil Jacaré Banguela que além de personagens as pessoas
conheceram o criador.
Muitos
comediantes caem no esquecimento por ter trabalho somente com um
personagem. Você tem outro personagem para o futuro?
GM – Sim. Tenho
vários. Entrei no Casseta recentemente. Eles trabalham no novo
projeto há quase um ano. Meus novos trabalhos aparecerão na segunda
temporada, está muito em cima colocá-los agora.
"Ao amigo Gustavo Mendes desejo sucesso! Pessoa talentosa, inteligente e simples. Nunca negou suas origens e tenho a certeza que a palavra para seu futuro é SUCESSO. Obrigado pelo gostoso bate papo que chamamos de entrevista e que Papai do Céu abençoe hoje e sempre!"
Márcio Sabones
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