Pesquisador e colunista do jornal Voz de S. João foi atração
em evento cultural no Museu
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Um evento com o objetivo de levar
assuntos a serem discutidos, apresentados e debatidos por convidados e a
participação do público. Na primeira edição, no último sábado (25), o Museu
Histórico Municipal recebeu cerca de 70 pessoas para a apresentação do tema “a
Fundação do município de São João Nepomuceno” pelo pesquisador são-joanense
Luís Antônio Fajardo Pontes, num passeio pela trajetória de construção e
desenvolvimento da cidade “Garbosa”.
Luís Pontes que por muitos anos tem interesse em pesquisar assuntos referentes ao município e que escreve uma coluna histórica em nosso semanário apresentou um rico conteúdo com fontes, documentações e até mesmo relatos que comprovam suas teorias, acerca de um assunto que se tornou polêmico, no ano de 2010, quando de uma tentativa de mudança de datas sobre a fundação e comemoração de aniversário de São João Nepomuceno.
Ricardo Itaborahy e Luís Pontes |
O convidado trouxe para o conhecimento do público uma palestra de
uma hora e vinte minutos, sobre os conceitos de fundação, usando como exemplo,
as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Pomba. Também mostrou as origens
açoreanas dos sobrenomes das famílias fundadoras da cidade como Dutra, Nazaré,
Furtado de Mendonça, e mais tarde Henriques de Gusmão.
A demora da civilização
na Zona da Mata mineira, antes chamada de “Sertões proibidos” no período da
mineração e do ouro (final do séc.XVII e séc. XVIII) quando a estrada real
entre Diamantina a Paraty era utilizada obrigatoriamente para o transporte, e esta
região era evitada por receio, devido a presença maciça de índios.
A
participação histórica dos negros na construção da sociedade são-joanense e sua
maioria populacional no início do séc. XX. O garimpo em Descoberto. As capelas
e igrejas que formavam a paróquia de Rio Pomba, no qual São João Nepomuceno foi
distrito de 1818 até 1841, quando tornou-se um Curato até perder autonomia em
1851 para Mar de Espanha, a 2º emancipação em 1868 e a perda 1870, desta vez
para Rio Novo, a chegada da ferrovia União Mineira em 1880 e a emancipação
definitiva.
Autoridades, jornalistas, professores e população acompanharam os mais de 200 anos da história da “Cidade Garbosa” |
Entre outros assuntos, a visita de D. Pedro II a cidade em 1881, a
data do santo padroeiro, em 16 de maio, da vinda de autoridades tchecas em São
João Nepomuceno em 2015, pelos 200 anos de fundação e em 2016 para a assinatura
do tratado de irmanação entre as cidades de SJN e Nepomuk da República Tcheca e
por fim, da questão da polêmica sobre a troca de datas da comemoração de
fundação e comemoração do dia do município.
Depois da apresentação, o convidado
respondeu a questionamentos de diversas pessoas da plateia e recebeu elogios
pela rica e organizada apresentação. A iniciativa do “Arte da Conversa” é do
responsável da pasta de Cultura Ricardo Itaborahy Soares em parceria com a
Secretaria de Educação, Cultura, Desporto e Lazer e atraiu professores,
diretores, jornalistas, políticos, representantes de associações e a
comunidade, em um evento aberto e gratuito.
Em conversa com Ricardo Itaborahy a
informação de que outras edições serão agendadas para os próximos meses. “Foi o
primeiro evento e um teste positivo. O interesse e a participação do público
foram de grande importância para o sucesso do evento que almeja falar, discutir
e debater São João Nepomuceno, em sua essência”, finalizou.
Por Márcio Sabones
(Matéria assinada por este jornalista no
Jornal Voz de S. João, edição 5503)
Fotos: Márcio Sabones
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