Alunos da E.M.”Dr. Augusto Glória” são destaques em Feira na UFJF e premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática

Projeto de Agroecologia vence feira de Ciências e medalhas de ouro, prata e 
bronze em olimpíada nacional
Willian, João Gabriel, Larissa, profº Michael e Laura no dia da entrevista na escola (Foto: Márcio Sabones)

A nossa equipe foi convidada pela diretora da Escola Municipal “Dr. Augusto Glória”, a dona Maria do Carmo Gotti para a realização de duas entrevistas. Uma sobre a conquista do 1º lugar dos alunos do 9º ano, na 27ª Feira de Ciências da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e a outra sobre a conquista de medalhas e menções honrosas de alunos do Ensino Fundamental na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). 
Alunos e professor com a coordenadora Ana Paula na UFJF

Duas excelentes notícias, não somente para a escola, mas para a cidade de São João Nepomuceno com uma representação estudantil em alto nível regional e nacional. Na primeira entrevista, conversamos com o professor de Ciências Michael Barbosa Filgueiras a os alunos do 9º ano: Larissa Enes Rosa, Débora Dutra Nascimento, João Gabriel Araújo de Sousa, Laura Pinton Fonseca e Willian Pereira Martins Silva que elaboraram no último semestre, o projeto de pesquisa “Ciência alimentando o Brasil – Agroecologia na Escola”, também com a coordenação da pedagoga Ana Paula da Costa Guarnieiri foram vencedores da feira na universidade que contou com 417 alunos de 17 escolas das redes públicas e particulares de Juiz de Fora e região, entre alunos do 8º, 9º anos do Fundamental e Ensino Médio que aconteceu no mês passado, no Departamento de Física, fazendo parte da Semana de Ciências, Tecnologia e Sociedade, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Invenções e Comunicações. 

O professor Michael disse que o trabalho foi um resgate de um projeto antigo da escola. “Em 2014, um área atrás do prédio da escola, começamos um trabalho de reciclagem, reaproveitamento e adubação de plantas e criação de micro organismos. É uma medida em que substituímos os agrotóxicos na produção alimentar, pelo bem estar animal e vegetal. Este projeto estava parado e com a chegada da Feira resolvemos retomar as pesquisas com os novos alunos. Acredito que tenha sido um desafio para eles que não conheciam o assunto, mas que com muita dedicação aprenderam e cresceram com o projeto que foi apresentado brilhantemente pelos alunos em data show e amostras de mudas aos professores da bancada da universidade”, explicou. 

Perguntamos também aos alunos sobre o projeto, os alunos sorridentes e atentos respondiam e conversavam sobre o assunto como adultos. Vale lembrar que estamos entrevistando adolescentes entre 14 e 15 anos de idade, que no próximo ano ingressarão ao Ensino Médio. Sobre a premiação entre escolas como Academia, Jesuítas, Colégio Militar e com estudantes de classes avançadas disseram. “Nossa, eu não acreditei quando saiu o resultado, fiquei muito feliz e liguei para a minha mãena hora pra avisar”, disse a aluna Larissa. “Foi muito bom e gratificante, muito feliz”, mencionou Laura. 

O aluno João Gabriel detalhou um pouco sobre a importância da Agroecologia. “É uma pesquisa e trabalho que tem a preocupação com o meio ambiente. O uso de agrotóxicos, por exemplo, pode estar prejudicando a saúde das pessoas, dos solos com tantos remédios. O trabalho com os micro organismos são naturais, requer sim mais dedicação, porém uma alimentação saudável sem destruir a nossa natureza. Antes da feira elaboramos uma pesquisa com os alunos do 6º ao 8º ano sobre a agroecologia. Apenas 5% dos entrevistados souberam responder”. 

O professor Michael ainda disse sobre a importância de divulgar o assunto para que muitas pessoas fiquem atentas para o que vem acontecendo e ainda disse que passou um filme aos alunos baseado no tema de nome “O veneno está na mesa”. “O Brasil ainda não consegue produzir todos os alimentos sem a utilização de agrotóxicos contra as pragas das lavouras. O tratamento com micro organismos hoje, com certeza acarretaria no aumento dos preços dos alimentos, mas de contrapartida a diminuição do desmatamento e a qualidade do alimento na mesa dos brasileiros. Essa foi a terceiravez que a Escola Mun. “Dr Augusto Glória” é a vencedora da Feira de Ciências da UFJF, as outras duas aconteceram em 2011 com os alunos do 6º ano e o trabalho “Energia Heólica” e em 2012 com o 9º ano sobre a “Reciclagem de Óleo – Sabão na escola”. O trabalho dos alunos são-joanenses já está convidado para participar da Feira nacional em São Paulo em 2017, com data a confirmar.

Medalhistas na Olimpíada Brasileira de Matemática


Medalhistas Thais, João Gabriel, Mariana e danile com os professores de Matemática
Angele e Alfredo (Foto: Márcio Sabones)
Ganhar medalhas nas Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) é uma realidade desde o ano de 2009 para alunos da E.M.”Dr Augusto Glória”. A cidade de São João Nepomuceno pode dizer isso com orgulho, pois em 2016 não foi diferente e no universo de 17 milhões de alunos das escolas Públicas do Brasil, sete deles trouxeram as seguintes premiações:

Medalha de Ouro

João Gabriel Araújo de Sousa(9º ano) - Nível 2
(o mesmo que também foi vencedor com o grupo da Feira de Ciências).

Medalhas de Prata
Mariana Luciano Saar(7º ano) - Nível 1
Thaís Maria Ferreira Mendonça (9º ano) - Nível 2
Medalha de Bronze
Daniel Furlan Alves (6º ano) – Nível 1
Menções Honrosas
Isabele Motta Danelon – 9º ano
Letícia da Silva Barrigio – 9º ano
Mirian Costa Pangracio – 8º ano
Nível 1 – alunos do 6º e 7º ano / Nível 2 – alunos do 8º e 9º ano / Nível 3 – Ensino Médio

As provas da OBMEP acontecem em duas fases: A primeira foi em junho com 20 questões fechadas. Desta prova, são classificados 5% das melhores notas de cada escola para a segunda fase em setembro, com seis questões abertas. Depois disso, a espera do resultado. Diante dessas conquistas, nossa equipe também conversou com os alunos premiados e os professores de matemática do educandário, Alfredo Garcia, Angele Oliveira Condé e os alunos João Gabriel, Mariana, Thais e Daniel sobre a preparação para as provas. “Passamos aos alunos o básico da sala de aula. 

O Conteúdo tem grande importância para que eles possam ser encaminhados ao Programa de Iniciação Científica (PIC) aqui da escola, com o professor Rangel Zignago, explicou a professora Angele. O professor Alfredo disse que esta experimentação dos alunos junto ao PIC é uma opção extra classee vem colaborando com o desenvolvimento lógico e raciocínio dos alunos. 

“No PIC, os estudantes conseguem resolver exercícios de uma forma rápida e reduzida. Eles entendem a dinâmica diferenciada do processo auxiliando o desenvolvimento”. Os professores disseram que este trabalho junto ao professor Rangel, que estava ausente a entrevista, em horário de aula em outra escola, é de extrema importância. “Podemos dizer que sem o PIC, as notas e os resultados na Olimpíada seriam quase que impossível”, afirmou Angele que ainda informou que apenas as escolas que têm medalhistas possuem o PIC em suas dependências. Além do professor Rangel, os mestres lembraram do trabalho com o 6º ano do professor Carlos Leonardo de Alcântara, que está de licença. 

O medalha de ouro, João Gabriel com a conquista máxima ganhou uma bolsa para fazer o mestrado na área de Exatas, na faculdade que escolher. Os meninos estavam tímidos no início da conversa, observando as falas dos professores e felizes disseram que sentem orgulho de representar a escola e a cidade. Todos afirmaram que com o reforço do PIC, as questões das provas ficam mais nítidas e compreendidas para a resolução. 



Márcio Sabones
(Matéria assinada por este jornalista no jornal Voz de S. João,
edição nº 5487 de 10 a 16 de dezembro de 2016)

Comentários

  1. Márcio, se me permite uma correção, o nome do aluno ganhador da medalha de bronze é Daniel Furlan NUNES, não Alves.

    Um abraço

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