“Pedra Relógio” assina contrato com a Sony Music




Cena musical em SJN está fortalecida e revelando talentos. Banda contou com apoio de Emmerson Nogueira e conversamos com os componentes (Foto: Divulgação)

Os músicos da banda de rock “Pedra Relógio”: Marcelo Furtado (vocal e guitarra), Eduardo Goulart (guitarra), Vitor “Brow” (bateria) e Diogo Lanini (baixo) estão comemorando a conquista de um sonho.
Os jovens, em atividade com a banda por quase dois anos, numa proposta de rock alternativo e com influências de bandas dos anos 90, como: Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Pixies e Queens of the stone age estarão confirmando e lançando o trabalho de um EP gravado em agosto em São Paulo, desta vez com o selo da conceituada Sony Music, no dia 13 de janeiro de 2017, com o primeiro EP, “Parasitas”. O trabalho foi produzido pela banda com o produtor Lampadinha (Raimundos, Titãs, Charlie Brown Jr), com a sucessão dos singles “Navegando”, “Vira-lata” e “Pois é” e noticiado neste semanário naquela ocasião. Em entrevista com o vocalista da banda, Marcelo Furtado disse-nos da conquista.

Vitor, Eduardo, Diogo e Marcelo
“O ano de 2016 tem sido intenso para todos nós. Estamos estudando e dedicando demais para a banda além de participar de diversos festivais e eventos. “Temos uma cena interessante na cidade e isso fortaleceu e continua fortalecendo nosso trabalho aqui e na região” citou o vocalista que ainda disse da importância da parceria da banda com o músico Emmerson Nogueira. "O Emmerson nos orientou e deu o apoio pela sua experiência no cenário musical. Ele deu aqueles toques, falou das tendências e tudo para deixarmos prontos para atender as exigências da Sony. A participação dele foi sem dúvida, de extrema importância nesse processo, e somos agradecidos a ele, e a todos que acreditaram”. 


Ainda sobre o trabalho com a Sony, Marcelo explicou que com a oportunidade de estar trabalhando próximo a grandes nomes da produção e da música, novos aprendizados e tendências virão automaticamente, pois são muitos os conceitos ali empregados e analisados. 

“Estamos aprendendo muito. Dia 13 de janeiro teremos na íntegra, o trabalho para apresentar a vocês. A Pedra Relógio lançou o trabalho de estúdio, "EP Parasitas", que conta com cinco canções autorais. Este trabalho foi produzido pelo atual vencedor do Grammy Latino de melhor disco de rock, Lampadinha. Nos shows também tocamos os singles lançados na internet "Pois é" e "Vira-lata" produzido por Aldo Torres e novas composições que estarão no próximo CD da banda! O trabalho com o Lampadinha em São Paulo, por exemplo, remete muitas identidades do que ele trabalhou com os Titãs, por exemplo, nos anos 80, do disco “Cabeça de Dinossauro” com um rock ‘n roll ácido e ao mesmo tempo linguagens e leituras diferenciadas que aprendemos e estamos colocando em prática com o nosso som autoral”. 

Sobre autorias de músicas, a banda Pedra Relógio participou recentemente do Festival “Sangue Novo”, no Cultural Bar de Juiz de Fora com a participação de diversas bandas da região. “O festival é muito importante para dar visibilidade às bandas que se dedicam a canções autorais. Na segunda semifinal que ocorreu dia 27 de novembro, já houve grande procura do público, enchendo o Cultural Bar num domingo!”, explicou. 

A banda são-joanense ficou entre as semifinalistas e destacou positivamente no evento. No final da entrevista Marcelo emocionado disse. “Eu amo música, amo aprender todo dia sobre música, amo quando a “Pedra Relógio” cria uma nova canção, quando descobre um novo som que se encaixa com a banda. Temos sorte de ser de uma cidade onde existe um movimento e uma cena musical. São João Nepomuceno tem totais condições de realizar um festival como o Sangue Novo. Tem bons bares e espaços para shows, bandas com composições autorais e um público que tem interesse por esse movimento”, explicou Marcelo, líder e vocalista da Pedra Relógio, banda que faz parte do Fórum da Música de São João Nepomuceno, um grupo de artistas que promovem eventos musicais, workshop’s e encontros sobre música e cultura na cidade.

Conheça os componentes da banda Pedra Relógio
MARCELO FURTADO (vocal e guitarra)
Marcelo Pereira Furtado, 25 anos. Filho de Mauro Nogueira Furtado e Eliane Helena Pereira Furtado. “Comecei a "tentar" cantar com 15 anos e levei mais a sério a partir dos 21 aprendendo a tocar violão e posteriormente guitarra. Gosto de Pixies, Beatles, Weezer. Conhecer muitos lugares com a banda, viajar, conhecer pessoas novas, outras bandas. Viver um longo tempo no circuito. Sem expectativas, só penso em aprender e melhorarmos sempre”.

 

EDUARDO GOULART (guitarra)
Eduardo Rodrigues de Andrade Goulart, 25 anos, Filho de Regina cândida Rodrigues Goulart e Luiz Eduardo dá Silveira Goulart. “Comecei a tocar em 2007, com o violão e o contrabaixo. Mudei pra guitarra, instrumento que eu toco na banda, em 2010. A inspiração musical vem de variados estilos e bandas, tudo que tem o poder de influenciar o seu jeito de tocar e a sua forma de pensar musicalmente. Meu sonho é poder dedicar minha vida a construir uma carreira musical que seja capaz de influenciar outros músicos e que possa me levar a conhecer diferentes pessoas e lugares. A expectativa é grande, de desafio sempre. Espero que possamos compor músicas ainda melhores e que a Sony seja o veículo ideal pra levar essas idéias para o maior número de pessoas possível. A mensagem que gostaria de deixar é que música exige apoio, portanto sempre que puder apóie uma banda, um músico, suporte de qualquer natureza é sempre importante pra quem escolhe essa carreira”.

 
 DIOGO LANINI (baixo)
Diogo Lopes Lanini, 26 anos. Filho de Denice Mara Lopes Lanini e Antonio dos Reis Lanini (Toninho). “Toco guitarra desde os 16 anos, baixo desde 2015. A minha inspiração Musical  são bandas como Beatles, Led Zepellin e Red Hot Chili Peppers. Meu sonho desde criança é poder um dia viver da música, viajar lugares levando o nome da minha família e da minha cidade. Assinar contrato com uma grande gravadora como a Sony traz muitas expectativas boas, mas também uma grande responsabilidade, talvez seja esse o momento de nos dedicarmos ao máximo para agarrar essa oportunidade que nos está sendo dada. Agora é o momento de agradecer aos meus pais, namorada e amigos e a todos que nessa nossa curta jornada, nos estenderam a mão e apoiaram da forma que puderam. Acreditamos muito no nosso trabalho e pessoalmente espero que algum dia possa render visibilidade para nós, para a música são-joanense e que de alguma forma possamos colaborar com o lugar onde crescemos e que nos ajudou a crescer”.


VITOR “BROW” (bateria)
Vitor Knop Linhares (Brow), 30 anos. Filho de Maria do Rosário Knop e Messias Amaury de Vasconcelos Linhares. “Com 15 anos ganhei a minha bateria, fiel escudeira até hoje. Comecei com essa mesma idade como autodidata, mas logo procurei um professor. Cerca de uns dois anos depois já estava em uma banda. Pessoalmente tive influências diversas. Tocar uma música de um ídolo é sempre um grande aprendizado. A pegada funk Chad Smith (Red Hot Chilli peppers), a simplicidade e musicalidade do Ringo Star (Beatles) e o peso de Dave Grohl, são as principais influências. Mas muitos outros também me ensinaram bastante todo esse tempo tocando cover’s de outras bandas. Isso tira a gente da zona de conforto, da sua pegada e te faz evoluir. Meu sonho e do resto da banda, tenho certeza disso, é não só conseguir viver da nossa música, mas também ser reconhecido por ela. Em relação a Sony, é um passo grande para a banda. Esperamos que este formato de distribuição possa atingir um alcance maior de público, que as pessoas tenham mais acesso ao nosso trabalho. Mas não podemos perder de vista que é preciso colocar o bloco na rua. Músicos consagrados dependem disso, e claro, com a gente não seria diferente. Tendo em vista isso, estamos agora em busca de expandir nosso círculo de locais para tocar. Levando tudo isso em conta, vou resumir minha mensagem numa frase de outro grande ídolo nosso: “Sonhos não envelhecem” Milton Nascimento. Obrigado a todos que tem nos acompanhado!
 

 Por Márcio Sabones
(Matéria assinada por este jornalista no Jornal Voz de S. João,
edição nº 5490)




 

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