Nós, os artistas merecemos
respeito. Devido a pandemia do COVID-19 fomos a primeira classe a parar e
certamente uma das últimas a voltar a trabalhar. Mesmo tendo empregos, nossa
arte nos completa em espírito e no troco para ajudar a pagar nossas contas.
Os músicos tem instrumentos e
equipamentos caros para comprar, reparar e fazer suas vistorias. As Companhias
de Teatro têm que comprar tecidos para figurinos e cenários, maquiagens,
iluminação, sonoplastia, imprimir textos e textos, colocar gasolina nos carros
ou alugar uma van, para viajar e muitas vezes até dormir em colchões, no chão
de escolas que são utilizadas como alojamento. Eu te pergunto: Acha que achamos
ruim? Não. Porque amamos o que fazemos e temos a alegria de levar a nossa arte
para vários cantos deste lindo estado de Minas Gerais, e até tirando dinheiro
do próprio bolso para completar as despesas.
A classe artística em momento
algum vem promovendo discórdia para pressionar governos a reabrir salas de
cinemas, shows e teatros. Muito pelo contrário, entendemos a situação e o
delicado momento por qual enfrentamos.
Podemos sim fazer uma ou duas
lives para ganhar um cachê, pois quantas ações voluntárias temos o prazer de
participar para ajudar instituições de nossas cidades. Arrecadamos alimentos,
roupas, fraldas e corações felizes na nossa linda missão de levar cultura ao
próximo.
Quantos festivais de teatro e
apresentações promovemos com entrada gratuita para o público. De minha parte
por exemplo, já fiz diversas, inúmeras, e neste sábado (20/6) tenho outra ação.
E com imensa alegria farei uma live solidária para o Asilo de Descoberto para
arrecadação de fraldas. E conto com a ajuda de todos, principalmente com os
críticos, pois está aí uma oportunidade de também colaborarem, ao invés de
reclamarem.
Pare para pensar: Qual a
importância da arte em sua vida?
Imagina um romance sem uma música
tema?
Imagina uma programação na
televisão sem filmes e séries?
Imagina uma infância sem os risos
de um palhaço e das palhaçadas que aprendemos com personagens?
Imagina uma sala ou uma festa sem
as cores de belos quadros e enfeites?
Imagina uma festa sem a dança
para expressar sua alegria?
Imagina as pessoas sem a
imaginação das artes?
I M A G I N A...?
Assinado: Márcio Sabones
(diretor, ator e fundador da Cia. de Teatro Pais & Filhos de São João
Nepomuceno – MG)
“Mede-se a cultura de seu povo,
pelo seu teatro” (Garcia Lorca)
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