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A são-joanense foi vencedora do concurso que elegeu a representante da Zona da Mata e Campo das Vertentes |
Monize do Nascimento, 29 anos,
nascida em São João Nepomuceno e detenta da Penitenciária Ariosvaldo Campos
Pires, em Juiz de Fora, foi a vencedora da etapa Mata e Vertentes do
concurso Miss Prisional 2016, realizado pela Secretaria de Estado de
Defesa Social (Seds). O desfile regional reuniu, nesta quinta-feira
(14/4), nove presas no auditório da Escola de Governo da Prefeitura de
Juiz de Fora.
O Miss Prisional em suas etapas nos territórios tem como objetivo resgatar a autoestima, humanizar o cumprimento da pena e promover a ressocialização
“Quando soube do concurso, não
tive vontade de participar. Mas, aos poucos brotou um antigo desejo escondido
dentro de mim: desfilar em um concurso para mostrar meu sorriso”, disse a
campeã, Monize, logo depois do anúncio do resultado.
As concorrentes representaram
unidades prisionais de Juiz de Fora, Barbacena e Eugenópolis e foram avaliadas
por um júri composto pela defensora pública, Luciana Ferreira Gagliardi,
vereadores de Juiz de Fora, Leo de Oliveira e Ana Rosignoli, a conselheira da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-JF) Cleusa Ribeiro dos Santos e da
empresária do ramo de moda, Patrícia Alvim, pelo diretor-geral do Departamento
Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), Marcel Fernandes Lima, que representou o
prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira.
Atuando nos bastidores, o
trabalho voluntário foi fundamental para a realização da quinta etapa regional
do Miss Prisional 2016. Maquiadores, cabelereiros, esteticistas e manicures
trabalharam para valorizar a beleza das detentas sem cobrar nada. Alguns vieram
de Eugenópolis e de Barbacena e deixaram seus salões fechados.
Os jurados avaliaram os quesitos
beleza, simpatia, postura, corpo, rosto e desenvoltura. Mais que um concurso
que destaca a beleza das recuperandas em Minas, o Miss Prisional em suas etapas
nos territórios tem como objetivo resgatar a autoestima das mulheres privadas
de liberdade, humanizar o cumprimento da pena e promover a ressocialização.
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As vencedoras: Marcelle Ingrid (2ª), Monize do Nascimento (1ª) e Daniela de Souza (3ª) |
Segundo e terceiro lugares
O Presídio Feminino de
Eugenópolis conquistou os segundo e terceiro lugares, respectivamente com as
candidatas Marcelle Ingrid de Souza, de 23 anos, e Daniela de Souza Inácio, de
24 anos.
Daniele ficou muito à vontade na
passarela, pois tem experiência em concursos de fisiculturismo. Em outubro de
2015, um mês antes de ser presa, foi campeã na categoria super athletic em uma
disputa em Belo Horizonte.
Inclusão
A paciente Nayara Jardim dos
Santos, de 26 anos, do Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, de
Barbacena, participou do concurso depois de passar uma seletiva local. A
detenta, que tem o sonho de um dia ser enfermeira, diz que a motivação para
participar do Miss Prisional devolveu-lhe o sorriso. Helenita Maria das Graças
Ferreira, assistente social do hospital, confirma: “Ela voltou a sorrir. Mas
não foi bom só pra ela. Teve um efeito muito positivo para outras pacientes”,
conta.
Seletivas
Antes de chegar à etapa regional,
as presas passaram por uma pré-seleção nas unidades de origem. Para participar,
elas devem ter até 40 anos de idade, trabalhar ou estudar, e ter bom
comportamento.
Além dos Territórios Mata e
Vertentes, também já realizaram suas seletivas o Triângulo, Sul, Central,
Oeste, Vale do Rio Doce e Vale do Aço.
A próxima etapa será no
Território Metropolitano. Em junho será realizada a grande final no Complexo
Penitenciário Estevão Pinto, em Belo Horizonte, reunindo as vencedoras das
etapas regionais.
Por Agência Minas Gerais
Fotos: Omar Freire
Nem acreditei quando vi como ta diferente a nize ta linda q o senhor a abençoe e q ela continue dando a volta por cima !
ResponderExcluirPois é. Também não acreditei, ela sempre foi muito magrinha e agora tá mais encorpada né. O sistema prisional feminino deveria ser seguido pelo masculino como projeto e exemplo. A ressocialização nos presídios femininos são em sua maioria mais eficazes, pois existe um ambiente mais agradável e atividades para as internas.
ResponderExcluirJá o sistema masculino é lamentável e infelizmente tem formado cidadãos com ódio e quando saem, dificilmente conseguem voltar a uma vida normal e às vezes piores de que entraram. Pois, em sua maioria, estão superlotados e com raras atividades para os detentos.
Nossa não sabia que a Monize virou presidiária...estudamos juntos no Polivalente...éramos muitos colegas. Sempre sentávamos perto um do outro. Ela era magrinha mesmo. Sabe me dizer o motivo da prisão dela Márcio? Desculpe invadir sua reportagem mas estou sempre acompanhado as notícias por ai.
ResponderExcluirOlá. Entre em contato comigo pelo meu facebook, conversamos inbox.
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