O craque da camisa 10, Marcos Vinícius, o "Chiqueirinho"levanta a taça pela segunda vez (Foto: arquivo pessoal) |
O grito de bicampeão de Marcos
Vinícius de Mendonça, o “Chiqueirinho” aconteceu no dia 16 do corrente, em
Mianmar, país localizado no sul da Ásia e que sediou a fase final da AFF Fifa
Futsal Clube, campeonato que reúne os principais times de futsal daquele
continente. O jogador nascido em São João Nepomuceno, com 30 anos de idade,
conseguiu o segundo título continental consecutivo atuando pelo Thaiport da
Tailândia, onde já joga por duas temporadas. A final foi contra o Thai Soman do
Vietnã e o placar de 4x3.
Em conversa pela internet com
nossa equipe, Marcos Vinícius disse que foi difícil encarar e vencer clubes de
países como Austrália, Malásia, Vietnã, Laos, Mianmar, Indonésia e China no
campeonato e confirmar o melhor futsal asiático. O são-joanense também informou
que tem vínculos com o clube até dezembro deste ano, mas já tem propostas de
renovações. Até chegar a este patamar, Marcos Vinícius começou sua trajetória
neste esporte em São João Nepomuceno, com 15 anos de idade, com o professor
Bahia no Mangueira FC. “Em 2007 comecei minha carreira como profissional do
futsal na AABB de Juiz de Fora, e por lá fiquei até 2009. Depois me transferi
para o Praia Clube de Uberlândia, onde joguei minha primeira Liga Nacional. Em
2011 tive uma passagem pelo time de Vassouras (RJ), onde fomos vice-campeões
cariocas, e no final de 2011, eu tive um convite de jogar uma copa no Kwait no
Oriente Médio, mas fomos eliminados na semifinal. Foi jogando essa copa que
começou minha trajetória na Tailândia, ainda em 2011 cheguei aqui, estou nesse
atual clube há duas temporadas, onde fui vice-campeão duas vezes da copa do Rei,
e bicampeão da AFF Fifa futsal clube”, comentou o jogador.
Perguntamos ao Marcos Vinícius
quais as diferenças entre o futsal brasileiro e o asiático. “No futsal
brasileiro a bola corre mais, os jogadores pensam mais, já aqui é um futsal
onde os jogadores que correm mais, eles gostam muito de correria, o brasileiro
já é mais cadenciado”, explicou e ainda disse da distância de sua terra natal.
“Hoje vivo longe da minha família e dos meus amigos, os contatos que tenho são
através
de ligações e internet. Eu leio muitas notícias de São João e sobre o
que está acontecendo na cidade. Fico triste às vezes quando leio das notícias
de violência e me pergunto. - Não sei onde esses jovens estão com a cabeça?
Poxa. Temos tantas coisas aí na cidade. Futebol, vôlei, tantos incentivos pra
poder ser uma pessoa digna. Nossa cidade sempre foi um lugar bom de viver e
construir uma família , agora estão com essas violências por aí, lamentável”,
desabafou.
O filho do senhor Zé Heleno e de
dona Maria deixou um recado aos pais, que são moradores da rua Rubens Sachetto,
no bairro Santa Rita e também para todos os são-joanenses. “Queria agradecer
desde já pela matéria, a minha família que está aí na torcida, aos meus amigos
de São João, as pessoas que torcem por mim e a todos que no decorrer da
trajetória do futsal e da minha vida sempre me incentivaram e me colocaram pra
frente para ser uma grande pessoa e profissional. Dedico este título a todos
vocês e a nossa cidade querida”.
Por Márcio Sabones
(matéria assinada por este jornalista no jornal Voz de S. João,
edição nº 5467 de 23 de julho de 2016)
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