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Uma das mais antigas instituições da cidade com o objetivo
de encontrar o equilíbrio
e a melhoria da sociedade (Foto: Portal Fatos Net)
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Uma história que de certa forma
confunde com a da própria cidade. A Loja Maçônica “Amor á Ordem” de São João
Nepomuceno, fundada em 1º de dezembro de 1.898 com 34 homens, sendo eles de
seis nacionalidades (brasileira, belga, chilena, espanhola, italiana, libanesa,
portuguesa e síria). Destes, 15 eram brasileiros e 12 italianos. Esse número
expressivo de europeus fez com que na década dos anos 40, com o advento da 2ª
Guerra Mundial e a Itália um dos países aliados ao eixo com a Alemanha e Japão,
uma perseguição do governo brasileiro.
Porém, a maçonaria sobreviveu este
impasse e no último dia 1º, uma sessão foi aberta na Loja Maçônica “Amos à
Ordem” de São João Nepomuceno em comemoração aos 118 anos de atividades. “Amor
à Ordem nos mostra, que ela tem sido protagonista ou coadjuvante notável ao
longo de sua existência, em muitos dos relevantes fatos e feitos que
proporcionaram e continuam proporcionando conforto e bem estar à nossa
sociedade, isso gerando grande respeito em relação à nossa Loja e à própria
Maçonaria”, disse o maçon Vagner Aquino, que recebeu nossa equipe na Loja, na
Rua Presidente Getúlio Vargas, centro da cidade.
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Loja Maçônica "Amor a Ordem" de São João Nepomuceno |
Na entrada, Vagner que está na
maçonaria há 45 anos, e que já foi presidente da casa, hoje é pesquisador da
Loja são-joanense e mostrou-nos uma galeria de fotos das pessoas que já foram
presidentes e detalhou importantes feitos de cada um deles/
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Sr. Vagner Aquino |
“Estou buscando
relatos e registros da história de nossa Loja e pretendo escrever tudo para que
futuras gerações possam conhecer nossos trabalhos. Inúmeras pessoas ligadas à
nossa Loja gravaram seus nomes na história dessa cidade, através das mais
variadas formas. Como prova disso, notamos uma parcela considerável de
logradouros públicos (ruas), praças, educandários, grêmios recreativos (ESACA)
ou culturais, tanto na sede e nos distritos de nosso município, com os nomes de
pessoas que já passaram por esta casa maçônica”, citou.
Entre os nomes dos
maçons citados por Vagner temos: Praças:
Cel. José Brás, Dr Augusto Glória e Dr. Péricles Vieira de Mendonça. Ruas: Abrahim Camilo Ayupe, Afrânio
Furtado, André Gotti, Ângelo Picorone, Antônio Cavalheiro, Antônio Fonseca
Lobão, Augusto Veiga, Bruno Bambino, Cel. Augusto Pacheco de Rezende, Daniel
Sarmento, Daniel Pezzini, Dario de Castro Medina, Devolde de Castro Medina,
Francisco Zágari, Dr. Fortes Bustamantes, George Heughbaert, Horácio Furtado de
Mendonça, Mauro Elpídio Nogueira, Miguel Manzo, Nagib Camilo Ayupe, Narciso
Leite, Waldeck Henriques, entre outros.
O maçon Vagner ainda informou outro
interessante dado sobre a política são-joanense que teve a participação da
maçonaria. “Desde 1.883, quando a cidade teve sua regularização municipal e
assim os seus governantes como chefes do executivo, interventor e prefeitos,
são 133 anos de história e 73 deles com esses cargos ocupados por maçons.
Segundo os relatos de Vagner, a
Loja são-joanense esteve com seus membros em importantes participações de
construções, estruturações e coordenações de diversas instituições na cidade
como o Hospital São João, o Asilo entre outros. “É claro que tudo isso só foi
possível com a participação da população desta cidade que é solidária e
acolhedora”, afirmaram os maçons em registros.
Mitos e verdades
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Sr. Edson dos Santos (atual presidente da Loja são-joanense) |
Aproveitamos a reportagem para
questionar ou pode-se dizer, “tirar algumas dúvidas” sobre a maçonaria. Na
presença do atual presidente da Loja “Amor à Ordem”, o sr. Edson dos Santos uma
explicação simples, mas que traz a objetividade dos encontros e reuniões. “É
preciso deixar claro que maçonaria não é religião. Temos membros católicos,
espíritas, etc. Não discutimos religião aqui dentro, temos o mesmo Deus e o
objetivo é de fazer o bem e procurar melhorar a cada dia. A meta é a conduta do
homem. Não somos perfeitos, mas buscamos aprimorar”, explicou o presidente.
O
maçon Vagner aproveitou o momento para uma mensagem. “A maçonaria não é
filosofia, mas um lugar para filosofar. Não temos distinções. O importante é a
alma, não a matéria. Não importa a cor de pele, situação econômica ou religião
da pessoa. Procuramos o caráter de cada um”. Ainda sobre ser para muitos uma
instituição secreta, os maçons divertiram com o tabu lançado por muitos anos,
mas explicaram que são discretos. “Temos CNPJ, endereço e a sociedade sabe quem
são os nossos 27 maçons e ainda temos até sessões abertas ao público. Se fosse
secreto, com certeza não teríamos essas coisas, não acha? Os assuntos de nossas
sessões são resolvidos entre nós, como qualquer empresa ou instituição. Seguimos
um ritual antigo, não posso precisar de quando surgiu, mas pode ser que tenha
sido junto às antigas civilizações de organização humana, como os egípcios e os
gregos".
ResponderExcluirQue o G.'.A.'.D.'.U.'. esteja sempre a iluminá-los.
Um T.'.F.'.A.'. a todos.